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Sou um revira dor de versos
que se criou na insanidade humana
a minha alma cheira a sol e meu espírito
é como o vento sempre passa e nunca se deixa ser tocado
sou um baú antigo com cadeados enferrujados
e correntes de titânio que nunca uma alma
viva conseguiu violar...
sou um bárbaro sem acentos de tanto vagar a pé
sou um bárbaro sem acentos pois não me foi
dado o direto de descansar...
as minhas pernas finas e trêmulas
correm pelo caminho mais árduo
sou fogo que se dissipa
sou ressequido...
sou varias faces dissipadas em mármore fúnebre
já estou morto e não me percebi sem vida
vida eis que ela me escorre por entre os dedos
de minhas mãos...
sou pó...